Inclusão de mulheres e minorias ganha espaço na Campus Party

Público tem mulheres em peso para assistir a painel sobre empoderamento feminino na tecnologia, no palco principal da Campus Party 2019 — Foto: Fábio Tito/G1​

Maior evento de tecnologia da América Latina tem palestras e painéis sobre diversidade.

Entre exposições de supercomputadores, drones, impressoras 3D e discussões sobre programação, astronomia e ciência, um assunto chamou a atenção na 12ª edição da Campus Party, que acontece nesta semana, em São Paulo: como incluir mais mulheres, negros e pessoas LGBTI no setor de tecnologia.

Só entre quarta (13) e quinta-feira (14), a diversidade foi o principal tema de ao menos 8 palestras no maior palco do evento, que também contou com painéis compostos exclusivamente por mulheres.

“Pelo que vi, este ano eles se preocuparam bastante [em trazer discussões] com relação às meninas e também às meninas negras aqui”, diz a estudante de relações internacionais Ester Borges, de 21 anos, que tem um projeto para ensinar programação para garotas e está na Campus Party pela primeira vez.

A estudante Ester Borges, 21, tem um projeto para ensinar meninas a programar e foi à Campus Party pela primeira vez — Foto: Luísa Melo/G1
A estudante Ester Borges, 21, tem um projeto para ensinar meninas a programar e foi à Campus Party pela primeira vez — Foto: Luísa Melo/G1

A organização, no entanto, nega um movimento intencional. “A gente procurou, na verdade, trazer pessoas boas dentro dos temas de conhecimento que a gente aborda. E tem muita gente boa aí, seja negro, seja LBGT, seja mulher, branco, amarelo, rosa”, diz o diretor-geral Tonico Novaes.

Dividindo o palco com outras cinco mulheres para falar sobre equidade de gênero nas empresas, Maitê Lourenço, psicóloga e fundadora da BlackRocks, instituição que ajuda negros a criarem startups, fez uma provocação. “Olhem ao redor e vejam quantas pessoas negras tem perto de vocês. Quem não se incomodar com essa imagem, a gente precisa conversar”.

Painel sobre empoderamento feminino na tecnologia na Campus Party 2019 — Foto: Fábio Tito/G1
Painel sobre empoderamento feminino na tecnologia na Campus Party 2019 — Foto: Fábio Tito/G1

Foi aplicando o chamado “teste do pescoço” que ela chamou a atenção para o fato de que o público da Campus Party, assim como todo o setor de tecnologia, ainda é majoritariamente branco.

Outra convidada que abordou o tema foi a executiva Nina Silva. Ela é uma das fundadoras do Movimento Black Money, que busca fomentar o empreendedorismo negro e fazer com que o dinheiro dessas pessoas circule na própria comunidade.

Nina chamou a atenção para o fato de que muitos negros e integrantes de outras minorias continuam sendo “estereotipados e maltratados” mesmo quando ocupam altos níveis dentro das empresas e são bem remunerados.

A executiva de TI Nina Silva fala a campuseiros em palestra nesta quinta-feira (14) na Campus Party 2019 — Foto: Fábio Tito/G1
A executiva de TI Nina Silva fala a campuseiros em palestra nesta quinta-feira (14) na Campus Party 2019 — Foto: Fábio Tito/G1

Uma solução para isso, segundo ela, “é criar as próprias cadeiras” e fazer boicotes às companhias não comprometidas com sua causa. “Não vou comprar de empresas que me subjugam”.

A executiva deu sua contribuição para “enegrecer”, como ela diz, e diversificar a própria Campus Party.

Ela recebeu 30 ingressos como contrapartida pela palestra e selecionou pessoas que fazem parte da sua rede para participar do evento. Dessas, segundo ela, 25 são negras, 15 são mulheres e 2 são pessoas com deficiência.

A prefeitura de São Paulo, apoiadora institucional, fez algo parecido. Depois de uma seleção, dos 300 campings que tinha para distribuir, doou 140 para mulheres. E dos 1,1 mil ingressos de campuseiros, 655 foram cedidos a garotas, 180 a homens negros periféricos e mais de 100 a pessoas LGBT, segundo a produtora Kamila Camilo.

Ana Alice Costa, de 33 anos, foi uma das pessoas que ganhou o ingresso da prefeitura. Mulher trans, ela atua no setor de TI há mais de 12 anos e conta que tem dificuldade para conseguir emprego desde que começou o processo de transição, há cerca de 3 anos.

Ana Alice da Costa, 33, trabalha no setor de TI há 12 anos e se queixa da dificuldade de conseguir emprego depois de iniciar processo de transição de gênero — Foto: Luísa Melo/G1Ana Alice da Costa, 33, trabalha no setor de TI há 12 anos e se queixa da dificuldade de conseguir emprego depois de iniciar processo de transição de gênero — Foto: Luísa Melo/G1

“Cheguei a ouvir, em uma entrevista, a menina do RH que me entrevistou falar com o gestor: a pessoa se encaixa na vaga, mas não dá para contratar. Como nossos clientes vão vê-la?”. Ela afirma que poder ter seu nome social no crachá da Campus Party é um ponto positivo. “Pode parecer um detalhe pequeno, mas, psicologicamente, faz diferença.

Inclusão social

A premiada pesquisadora Joana D’Arc Félix, que enfrentou a pobreza na infância e sofreu com o racismo, falou sobre a importância da inclusão social. Ela diz que é importante não se vitimizar e seguir em frente apesar dos obstáculos.

Joana leciona em uma escola técnica em Franca, no interior de São Paulo, e concede bolsas de iniciação científica aos estudantes. Ela diz que só contempla aqueles que estão envolvidos com tráfico e prostituição, e não para os com melhor desempenho escolar, por um motivo.

A cientista Joana D'Arc Félix fala a campuseiros em palestra na noite de quarta-feira (13) na Campus Party 2019 — Foto: Fábio Tito/G1
A cientista Joana D’Arc Félix fala a campuseiros em palestra na noite de quarta-feira (13) na Campus Party 2019 — Foto: Fábio Tito/G1

“Se nós trabalharmos só com os melhores, os ditos problemáticos, os piores, sempre serão excluídos. Então a gente nunca vai ter um Brasil 100%. A gente tem que dar oportunidade para esses ditos piores, porque dando oportunidade, eles têm condição de mostrar o talento, colocar aquele talento que está adormecido, escondido”, disse ao G1.

A Campus Party espera 13 mil campuseiros até domingo (17) e não divulgou quantos deles são mulheres, nem a fatia feminina entre os palestrantes.

Fonte: https://g1.globo.com/economia/tecnologia/campus-party/2019/noticia/2019/02/15/inclusao-de-mulheres-e-minorias-ganha-espaco-na-campus-party.ghtml

 
Not found

Regulamento 2022
Termo de Regulamento da Campanha CQ1 Refer2Gain

1. O Programa
O CQ1 Refer2Gain é a campanha da Conquest One que recompensa pessoas que contribuem com a missão de conectar talentos1 de tecnologia com as melhores oportunidades em todo o mundo.


2. Regras Gerais
Objetivo
A campanha tem como objetivo reconhecer e recompensar as pessoas participantes pelas seguintes ações:
• Quando a pessoa participante se auto cadastrar na plataforma CQ1 Talent.
• Quando a pessoa participante indicar talentos de tecnologia para se cadastrarem na plataforma CQ1 Talent.
• Quando a Conquest One contratar talentos indicados pela pessoa participante.

Inscrição
• Para se registrar na campanha de Indicação, a inscrição deve ser feita na página https://www.conquestone.com/cq1-refer2gain e para que esta seja válida a pessoa interessada deverá realizar todas as etapas de autenticação. A Conquest One irá rejeitar a tentativa de cadastro caso já exista algum perfil vigente associado à pessoa, ou ainda, se identificada a tentativa de quaisquer práticas fraudulentas.
• A Conquest One se reserva ao direito de excluir a pessoa participante do programa a seu exclusivo critério, imediatamente e sem aviso sempre que for praticada pelo participante qualquer violação as regras aqui dispostas.
1 Talentos: Qualquer profissional ou pessoa prestadora de serviço.
• Após se cadastrar a pessoa participante tem ciência do regulamento para participar e autoriza o envio de e-mails, ligações telefônicas ou mensagens curtas de texto (SMS e aplicativos) relacionadas estritamente com a campanha.

Indicação
• Após a confirmação do cadastro, a Pessoa Participante já estará apta a realizar indicações compartilhando seu código único de validação2, através de um link para a página de indicação ou informando o e-mail do talento indicado.
• O talento indicado recebera um link, o qual deverá acessar e realizar o cadastro na plataforma CQ1 Talent e informar o código único de validação.
• Para que a indicação seja considerada válida:
o A pessoa indicada, deverá obrigatoriamente informar o código único de validação da pessoa indicadora.
o A pessoa indicada deverá preencher pelo menos 80% do cadastro.
• Uma vez cadastrados os talentos indicados ficarão associados a pessoa indicadora e não poderão ser indicados por outras pessoas participantes.
• Não serão consideradas indicações de profissionais para este programa, se elas forem realizadas através de outros meios tais como: verbalmente e/ou via WhatsApp, SMS, e-mail, ou qualquer outro canal que não seja a página oficial da campanha.
• Em caso de fraude ou tentativa de fraude comprovada, a pessoa participante será automaticamente banida da campanha, independente do envio de qualquer comunicação. Considera-se fraude qualquer processo que vise burlar intencionalmente a campanha, de modo que resulte em perdas ou prejuízos para a empresa Organizadora, para outras pessoas participantes, para as empresas parceiras responsáveis pelo resgate de pontos ou qualquer outra empresa ou pessoa envolvidas na execução do Programa.


Recompensa

Ação CQ1 Coins * **
Auto cadastro do Talento Indicado 1
Indicação de cadastro de novo talento 1
Contratação de talento indicado
Nesse caso são atribuídos 50 pontos a pessoa indicadora
e 50 pontos ao talento contratado
50

(*) CQ1 Coins: Pontos atribuídos pelas ações, que podem ser convertidos em criptoativos ou créditos para utilização em plataformas parceiras. (**) Cada CQ1 Coin equivale a um US$1,00.

Regras de Premiação
• Os CQ1 Coins somente serão atribuídos a pessoa participante se o cadastro dela e do talento indicado alcançarem o mínimo de 80% das informações preenchidas.
• A atribuição de pontos pela contratação só ocorrerá:
o Na 1ª Contratação, do talento indicado.
o Após o período de garantia da contratação (3 meses).
o Só serão consideradas válidas as contratações realizadas exclusivamente pela Conquest One, não sendo passíveis de premiação qualquer contratação realizada por empresa terceiras através da plataforma CQ1 Talent.
Resgate dos CQ1 Coins
• A Pessoa Participante será notificada sobre a disponibilização dos CQ1 Coins para resgate.
• O Resgate dos CQ1 Coins poderá ocorrer quando o participante atingir o volume mínimo de 50 CQ1 Coins na plataforma.
• Os CQ1 Coins irão expirar após 1 ano, caso a pessoa participante não realize o resgate.
• É de decisão da pessoa participante converter os CQ1 Coins em criptoativos ou utilizá-los nas plataformas parceiras.
• Após o resgate dos CQ1 Coins as tratativas e regras de utilização são de responsabilidade do parceiro escolhido pela pessoa participante.
• Os CQ1 Coins são intransferíveis e só poderão ser resgatados pela pessoa participante.


3. Modificações
• A Conquest One pode modificar qualquer um dos termos e condições deste regulamento a qualquer momento, a seu exclusivo critério. Nesse caso, as atualizações e ou modificações serão sempre publicadas na página da campanha vigente (https://www.conquestone.com/cq1-refer2gain) e caberá aos participantes consultar os termos periodicamente.
• Caso a campanha seja encerrada, a pessoa participante continuará com seu perfil ativo na plataforma CQ1 Talent e poderá resgatar o saldo disponível dentro do período de 1 (um) ano, desde que atenda aos requisitos para resgate detalhados no item 2 deste regulamento.
• As modificações podem incluir, mas não se limitam a alterações nos procedimentos de pagamento e nas regras da Campanha de Indicação. Se qualquer modificação for inaceitável para a Pessoa Participante, sua única opção é interromper sua parceria com a Campanha.
• A participação continuada na Campanha de Indicação Refer2Gain após a alteração ou a publicação de um novo termo em nosso site indicará sua concordância com as alterações

Skip to content