Jogador N°1, o livro: Ernest Cline e o sonho surreal de Hollywood

Já imaginou se sua vida fosse determinada pelo resultado de um jogo? Essa é a temática do filme Jogador Número 1, e o portal JovemNerd falou da relação do autor Ernest Cline com a tecnologia.

“Fã” entrou em nossa língua como aportuguesamento da palavra em inglês fan, redução de fanatic, que, por sua vez, veio do latim fanatĭcus, ou “pertencente ao templo”. O termo latino ainda tinha sentido de “inspirado pelos deuses” e, a partir daí, acabou ganhando também conotações diversas como “apaixonado” ou “excessivamente zeloso”. E essa, de fato, parece a definição adequada para um fã — alguém que pode se caracterizar tanto por grande empolgação quanto por devoção extrema.

Aqui no nosso mundinho, isso se manifesta da mesma maneira. Seja qual for o tema — ficção científica, mangá, Idade Média etc. —, a dedicação do nerd algumas vezes resulta em intolerância ou radicalismo. Em muitas outras ocasiões, no entanto, rende debates enriquecedores ou ações construtivas, como criar sua própria arte derivada.

Ernest Cline é um nerd — seu currículo deixa claro. Além de ter escrito uma fanfiction online inspirada no filme cult As Aventuras de Buckaroo Banzai (1984), o norte-americano assinou o roteiro de Fanboys(2009), comédia ambientada em 1999, em que um bando de malucos por Star Wars viaja até o Rancho Skywalker na tentativa de fazer com que seu amigo, com câncer terminal, consiga assistir Episódio I: A Ameaça Fantasma antes da estreia nos cinemas.

Não é exagero dizer que esse traço de personalidade foi determinante na concepção de seu romance de estreia, Jogador N°1, publicado originalmente em 2011. Afinal, hábitos que todos nós temos — o uso de referências da cultura pop como exemplo ou argumento em praticamente todas as conversas e a dedicação quase obsessiva pelas minúcias referentes a uma obra querida — são elementos-chave no livro. Na trama, a morte de James Halliday, o excêntrico e recluso criador da plataforma de realidade virtual OASIS, dá início a uma caçada global pelo Easter Egg, item escondido no universo digital e que dará a quem encontrá-lo controle sobre o espólio do falecido. O protagonista, Wade Watts, deve então usar todo seu amplo conhecimento a respeito da biografia e das paixões de Halliday — filmes, séries, jogos e músicas da década de 1980 — para ajudá-lo na busca.

Cline emprega convenções do sci-fi, em especial, o futuro distópico e a não-conformidade do indivíduo contra o poder controlador das grandes corporações. Porém, inverte um de seus principais temas, explorado em títulos como Frankenstein, de Mary Shelley, e Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, de Philip K. Dick, entre outros: o antagonismo entre homem e tecnologia. Em Jogador N°1, o OASIS é um bem precioso que deve ser protegido a todo custo.

A tecnologia é uma ferramenta, e é claro que a ideia de que ela saia do controle é terrivelmente assustadora. Mas eu a encaro como algo essencialmente positivo: basta pensar nos avanços na medicina, que cada vez mais têm ampliado o acesso a uma série de tratamentos. Talvez essa visão seja característica da minha geração, disse o escritor durante conversa por telefone.

De fato, o aspecto geracional deve ser levado em conta. Conceitos atuais, como a profusão de informações em um universo conectado e a questão da identidade em uma versão alternativa da realidade, não somente permeiam o romance como também extrapolam as fronteiras literárias. Afinal, poucas coisas são tão pós-modernas quanto um estúdio de cinema adquirindo os direitos de adaptação de um livro que ainda nem foi publicado — que foi o que aconteceu com Jogador N°1. “Tive de começar a escrever o primeiro tratamento do roteiro antes mesmo de a primeira edição chegar às bancas, o que foi uma experiência bem estranha”, contou o escritor.

Aliás, a tarefa de adaptar sua própria obra para as telonas não chegou a intimidá-lo:

Sempre tive consciência de que são mídias diversas. Em primeiro lugar, há a escala. Para se ter uma ideia, o audiobook de Jogador N°1 tem quase 16 horas de duração, enquanto que o filme acabou com duas horas e vinte minutos. Claro, o cinema tem a vantagem de dizer mil palavras com uma imagem, mas, ainda assim, é muita coisa que precisou ficar de fora. Além disso, um livro se desenrola na cabeça do leitor, e ele é o diretor. Então, uma película deve se concentrar em contar a história com o mesmo espírito [que o original]. Por isso, eu estava aberto a fazer mudanças e a me afastar bastante do meu material. Minhas adaptações preferidas, O Senhor dos Anéis e Tubarão, apresentam grandes diferenças com relação às suas fontes.

Cline observou, referindo-se, respectivamente, aos romances homônimos do inglês J. R. R. Tolkien e do norte-americano Peter Benchley. “Mas, curiosamente, assim que Steven chegou, ele se mostrou interessado em fazer com que o longa fosse muito mais alinhado com o livro”, acrescentou.

“Steven”, obviamente, é Steven Spielberg, diretor e produtor do filme. E o decoro profissional mantido até então começou a desaparecer quando o tema do papo passou a ser um dos maiores cineastas de todos os tempos. “Cara, cada passo da jornada tem sido surreal, mas isso [ter Spielberg como diretor da adaptação do livro]… Eu sei, é um clichê, todo mundo que vem para Hollywood sonha em trabalhar com ele… E é realmente um coisa do outro mundo. Foi vendo a obra dele, as entrevistas e os making of que eu aprendi a contar histórias de um jeito cinematográfico”, derreteu-se o autor.

Como seria de se esperar, Cline escancarou o lado fanboy ao ser questionado sobre qual artefato presente em um filme de Steven Spielberg seu avatar no OASIS escolheria. “Bem, na verdade eu já fiz essa escolha na vida real ao comprar o meu DeLorean, disse, referindo-se ao icônico carro de De Volta Para o Futuro — e antes que alguém proteste: tecnicamente, o escritor não fugiu do escopo da pergunta, uma vez que o filme de Robert Zemeckis foi produzido por Spielberg. “É um carrinho muito divertido de dirigir e que espalha alegria por onde quer que vá. Por sinal, temos um no filme também. E será a primeira vez que veremos um DeLorean em ação nas telonas desde o último De Volta Para o Futuro. Mal posso esperar!”. Ernest Cline é um baita de um nerd. No melhor dos sentidos.

Fonte: https://jovemnerd.com.br/nerdbunker/jogador-n1-o-livro-ernest-cline-nerdice-e-o-sonho-surreal-de-hollywood/

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Regulamento 2022
Termo de Regulamento da Campanha CQ1 Refer2Gain

1. O Programa
O CQ1 Refer2Gain é a campanha da Conquest One que recompensa pessoas que contribuem com a missão de conectar talentos1 de tecnologia com as melhores oportunidades em todo o mundo.


2. Regras Gerais
Objetivo
A campanha tem como objetivo reconhecer e recompensar as pessoas participantes pelas seguintes ações:
• Quando a pessoa participante se auto cadastrar na plataforma CQ1 Talent.
• Quando a pessoa participante indicar talentos de tecnologia para se cadastrarem na plataforma CQ1 Talent.
• Quando a Conquest One contratar talentos indicados pela pessoa participante.

Inscrição
• Para se registrar na campanha de Indicação, a inscrição deve ser feita na página https://www.conquestone.com/cq1-refer2gain e para que esta seja válida a pessoa interessada deverá realizar todas as etapas de autenticação. A Conquest One irá rejeitar a tentativa de cadastro caso já exista algum perfil vigente associado à pessoa, ou ainda, se identificada a tentativa de quaisquer práticas fraudulentas.
• A Conquest One se reserva ao direito de excluir a pessoa participante do programa a seu exclusivo critério, imediatamente e sem aviso sempre que for praticada pelo participante qualquer violação as regras aqui dispostas.
1 Talentos: Qualquer profissional ou pessoa prestadora de serviço.
• Após se cadastrar a pessoa participante tem ciência do regulamento para participar e autoriza o envio de e-mails, ligações telefônicas ou mensagens curtas de texto (SMS e aplicativos) relacionadas estritamente com a campanha.

Indicação
• Após a confirmação do cadastro, a Pessoa Participante já estará apta a realizar indicações compartilhando seu código único de validação2, através de um link para a página de indicação ou informando o e-mail do talento indicado.
• O talento indicado recebera um link, o qual deverá acessar e realizar o cadastro na plataforma CQ1 Talent e informar o código único de validação.
• Para que a indicação seja considerada válida:
o A pessoa indicada, deverá obrigatoriamente informar o código único de validação da pessoa indicadora.
o A pessoa indicada deverá preencher pelo menos 80% do cadastro.
• Uma vez cadastrados os talentos indicados ficarão associados a pessoa indicadora e não poderão ser indicados por outras pessoas participantes.
• Não serão consideradas indicações de profissionais para este programa, se elas forem realizadas através de outros meios tais como: verbalmente e/ou via WhatsApp, SMS, e-mail, ou qualquer outro canal que não seja a página oficial da campanha.
• Em caso de fraude ou tentativa de fraude comprovada, a pessoa participante será automaticamente banida da campanha, independente do envio de qualquer comunicação. Considera-se fraude qualquer processo que vise burlar intencionalmente a campanha, de modo que resulte em perdas ou prejuízos para a empresa Organizadora, para outras pessoas participantes, para as empresas parceiras responsáveis pelo resgate de pontos ou qualquer outra empresa ou pessoa envolvidas na execução do Programa.


Recompensa

Ação CQ1 Coins * **
Auto cadastro do Talento Indicado 1
Indicação de cadastro de novo talento 1
Contratação de talento indicado
Nesse caso são atribuídos 50 pontos a pessoa indicadora
e 50 pontos ao talento contratado
50

(*) CQ1 Coins: Pontos atribuídos pelas ações, que podem ser convertidos em criptoativos ou créditos para utilização em plataformas parceiras. (**) Cada CQ1 Coin equivale a um US$1,00.

Regras de Premiação
• Os CQ1 Coins somente serão atribuídos a pessoa participante se o cadastro dela e do talento indicado alcançarem o mínimo de 80% das informações preenchidas.
• A atribuição de pontos pela contratação só ocorrerá:
o Na 1ª Contratação, do talento indicado.
o Após o período de garantia da contratação (3 meses).
o Só serão consideradas válidas as contratações realizadas exclusivamente pela Conquest One, não sendo passíveis de premiação qualquer contratação realizada por empresa terceiras através da plataforma CQ1 Talent.
Resgate dos CQ1 Coins
• A Pessoa Participante será notificada sobre a disponibilização dos CQ1 Coins para resgate.
• O Resgate dos CQ1 Coins poderá ocorrer quando o participante atingir o volume mínimo de 50 CQ1 Coins na plataforma.
• Os CQ1 Coins irão expirar após 1 ano, caso a pessoa participante não realize o resgate.
• É de decisão da pessoa participante converter os CQ1 Coins em criptoativos ou utilizá-los nas plataformas parceiras.
• Após o resgate dos CQ1 Coins as tratativas e regras de utilização são de responsabilidade do parceiro escolhido pela pessoa participante.
• Os CQ1 Coins são intransferíveis e só poderão ser resgatados pela pessoa participante.


3. Modificações
• A Conquest One pode modificar qualquer um dos termos e condições deste regulamento a qualquer momento, a seu exclusivo critério. Nesse caso, as atualizações e ou modificações serão sempre publicadas na página da campanha vigente (https://www.conquestone.com/cq1-refer2gain) e caberá aos participantes consultar os termos periodicamente.
• Caso a campanha seja encerrada, a pessoa participante continuará com seu perfil ativo na plataforma CQ1 Talent e poderá resgatar o saldo disponível dentro do período de 1 (um) ano, desde que atenda aos requisitos para resgate detalhados no item 2 deste regulamento.
• As modificações podem incluir, mas não se limitam a alterações nos procedimentos de pagamento e nas regras da Campanha de Indicação. Se qualquer modificação for inaceitável para a Pessoa Participante, sua única opção é interromper sua parceria com a Campanha.
• A participação continuada na Campanha de Indicação Refer2Gain após a alteração ou a publicação de um novo termo em nosso site indicará sua concordância com as alterações

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